Coagida
Aqueles que julgam de nada possuem, tudo têm, outros julgam-se que têm tudo e nada possuem.
Parte II (continuação)
Por muito que seja penoso alguém tem que ter o bom senso, de colocar um fim, doloroso, mas sensato. Não posso andar a vaguear pela tua presença, nem que seja um simples fragrância deixada por ti, ou talvez é o vento a conduzi-la até mim. As tuas palavras são veneno que anseio, entra nas minhas veias e espalha-se por todo corpo a onde provoca feridas profundas mas já existentes, há um reforço dessas feridas, nas quais eu sofro em silêncio. Estas feridas estão a destruir-me aos poucos, a tua melodia é embriaguez da minha sanidade mental. Não distingo do certo ou errado, quando me refiro a ti. Passei tempo demasiado a pensar naquilo que nunca vive e que nunca irei viver contigo, porque tudo não passa de uma fantasia de uma ilusão, a onde tu és o mágico, e eu o espectador a espera de ser iludido. As ilusões acabam quando o espectador começa a perceber os toques do mágico, e acabará tudo quando o espectáculo terminar. É tempo de viragem de começar uma folha nova, mas eu não sigo o ritmo da mudança, tudo muda, a exacção de mim.
Por aqui não se passa sem se sofra o calor do fogo (Dante)