Ouve-me o meu silêncio, Vê, a verdade e o medo nos meus olhos, Vê, as lágrimas a escorrem pelo rosto Por dentro sou uma alma pequena, Perdida, com os seus receios. Mar, tu és o meu espelho És o meu reflexo, da minha turbulência. As ondas parecem umas ferras, Há procura das suas crias, Eu fico a olhar-te, porque sou tu, És, os meus olhos E eu sou, o teu reflexo Os relâmpagos, estão em conformidade Connosco, Estes descarregam as suas raivas, Em nós. Tu, estas cada vez mais agitado, Saio, a correr, escuridão embole O equilíbrio do meu corpo Caio, e tudo se resume a isto a uma queda.